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TRAIÇÕES AO JUDÔ: QUANDO OS SISTEMAS SE CORROMPEM E A ESSÊNCIA É ABANDONADA

JUDÔ SOCIAL RIO - UM MOVIMENTO QUE RESISTE, FLORESCE E HONRA O LEGADO DE JIGORO KANO


O judô, concebido pelo Shihan Jigoro Kano, nasceu como um caminho não apenas de força física, mas de formação moral, respeito, disciplina e justiça. Era uma filosofia de vida — não um produto comercial, tampouco um instrumento político. No entanto, o que foi traído ao longo dos anos não foi apenas um estilo de luta, mas uma visão de mundo.


No Brasil, após a promulgação da Lei Pelé, assistimos a uma corrida desenfreada e sem critérios por poder, cargos e capital. Surgiram diversas ligas estaduais e nacionais, muitas vezes originadas de dissidências marcadas por mágoas ou interesses econômicos, e não pela nobreza do ideal judoca. O sistema se dividiu:


De um lado, temos o sistema Confederativo, que, por meio de suas entidades estaduais, tornou o judô excludente. Pequenas equipes e projetos sociais são obrigados a se anularem para se filiar a grandes academias ou instituições que não os representam, apenas para participar minimamente do cenário competitivo.


Do outro lado, o sistema das Ligas Nacionais, criado com a promessa de democratizar o judô, acabou — em sua maioria — se corrompendo. A comercialização de faixas, a banalização dos exames de graduação e a completa falta de critério para o reconhecimento técnico e ético colocaram em xeque o que deveria ser o bastião da integridade.


Todas essas entidades falharam, em algum momento, em respeitar o que Jigoro Kano nos deixou como missão: utilizar o judô como instrumento de elevação humana e construção de caráter. O que deveria unir e fortalecer se transformou em palco de vaidades, vaquinha



e supletivo de diplomas, e espaços onde os princípios foram substituídos por “negócios”.


Judô Social Rio: Nem Liga, Nem Entidade Comum — Somos Resistência e Renovação

O Judô Social Rio não nasceu como mais uma liga. Nasceu como resposta. Como resistência. Como um grito silencioso de todos os que jamais se curvaram à tirania, nem venderam seus valores por medalhas ou diplomas ou cargos. Surgimos para resgatar, moralizar e reerguer o verdadeiro Judô Kodokan no Brasil — aquele que acolhe, ensina, forma e transforma vidas.


Não temos medo dos enfrentamentos, nem das barreiras. Nossa força está na verdade, na ética e no compromisso com o judô puro, honesto e pedagógico. A nossa história não se constrói em gabinetes, mas nos tatames comunitários, nos bairros esquecidos, nos projetos que insistem em sonhar, mesmo sem patrocínio ou "reconhecimento".


Como observou o próprio Jigoro Kano ao contemplar a neve sobre a cerejeira:


“O judoca deve ser como a cerejeira... enverga com o peso da neve, mas não quebra.”


O Judô Social Rio enverga, mas não quebra. E como a cerejeira, está sendo cuidada, está crescendo, e está florescendo com força, beleza e propósito. Somos um movimento que acredita que o judô ainda pode ser um caminho de justiça, inclusão e transformação. E nunca aceitaremos menos do que isso.


 
 
 

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